Dom Claudio Maria Celli é presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais
Foto: TV Canção Nova |
A Igreja tem de falar a linguagem do homem
moderno, se quer ser entendida. Esta foi uma das mensagens que o Presidente do
Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli deixou no
último sábado nas Jornadas da Comunicação Social, em Fátima, no seu discurso
sobre a “Era Digital e comunicação na Igreja Católica”. “A Igreja deve dialogar
com esta cultura digital originada pelas novas tecnologias. Necessitamos fazer
este diálogo, porque é o diálogo com o homem de hoje, cuja vida está marcada,
transformada por estas tecnologias. Tenho de falar uma linguagem que o homem e
a mulher de hoje entendam. Uma coisa é falar com uma criança de 10 anos, outra
é falar com um homem de 40 ou com um homem de 60, são momentos distintos da
vida, e a minha linguagem deve sintonizar-se com a experiência humana, com as
exigências, os desejos, os sofrimentos, as alegrias de cada momento da vida.
Esta é uma das grandes tarefas da Igreja”, afirmou.
O presidente Conselho Pontifício para as
Comunicações Sociais disse ainda, que o tema escolhido pelo Papa para o próximo
Dia Mundial das Comunicações é “Silêncio e Palavra: caminho de evangelização”.
Dom Claudio Maria Celli explicou que Bento XVI e a Igreja se preocupam com o
lado “humano” e não apenas tecnológico da nova “cultura digital”. Daí que o
Papa quer alertar, desta vez, para a importância do silêncio que o Homem
moderno tanto receia, mas que é fundamental para a própria comunicação que hoje
tem demasiado “ruído”.
“O Santo Padre quer convidar-nos a
compreender que a comunicação deve ter sempre uma dimensão humana. O Papa pede
que a comunicação, com ou sem tecnologia, seja uma comunicação profundamente
humana e é indiscutível que se exija um silêncio”, afirmou. Dom Claudio Maria
Celli acrescenta que “hoje em dia as pessoas têm medo do silêncio porque é um
silêncio vazio e não é disto que o Papa quer falar. Quer falar de um coração do
homem e mulher que procuram o silêncio para se encontrarem a si mesmos, para se
conhecerem a si mesmos, mas, ao mesmo tempo, para ter uma dimensão de abertura
face ao outro, para que o outro possa entrar no meu coração e eu o possa
conhecer mais profundamente”. (SP)
Fonte: Rádio Vaticano
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