segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Deus - Comunicação na dinâmica libertadora

     De fato, toda pessoa que quer aprender, vai buscar o conhecimento numa fonte segura e profunda. O desejo faz buscar em profundidade. Todo comunicador aprende desde sempre que, para bem comunicar, precisa dar atenção ao público-alvo, segundo todas as teorias comunicacionais. É preciso ouvir o público, ir ao seu encontro, perceber suas demandas e suas necessidades. Sem esta premissa, não existe comunicação.
     No livro do Êxodo, capítulo 3, versículos 7-8a, Deus nos dá uma lição de comunicação. Muito antes que qualquer teoria da comunicação fosse elaborada Javé dizia a Moisés que viu a opressão (...), ouviu o grito(...) e conheceu o sofrimento do seu povo. Como conseqüência, desceu para libertá-lo.
     Ver, ouvir, conhecer e descer, ir ao encontro.
    Se estas regras são basilares para a comunicação em geral, o comunicador cristão tem a obrigação de vivê-las, pois não aprendeu nos bancos das universidades ou nos livros da biblioteca. Aprendeu do próprio Deus que não ficou circunscrito a sua divindade, numa eternidade feliz e egoísta, mas se fez e faz encontro com o seu povo.
    O comunicador cristão, mergulhado na experiência do Deus-Libertador, na contemplação profunda desse mistério de amor que não se cansa de amar, deve ser alguém que enxerga o seu irmão, as realidades todas da vida outro e das comunidades. É pessoa aberta para o mundo, com antenas ligadas em tudo que acontece. Ele vê as dores e angústias da história, percebendo os sinais dos tempos, aprendendo dos fatos e dialogando com eles. É pessoa de ouvidos atentos, capazes de ouvir o grito, pedido de socorro, e o sorriso, partilha da alegria. É comunicador que sabe, não apenas, falar mas, também, e muito, ouvir. Ouvir o dito e o não dito.
    Ouvir o não-dito significa dar atenção ao silêncio do outro, perceber a sua ausência como grito de socorro, como chamada de atenção que precisa ser atendida e não cobrada. O ouvir está na dinâmica do acolher, do permitir que o outro seja ele mesmo diante do comunicador. O ouvir está na perspectiva do amor que liberta, porque permite que outro se expresse na grandeza e contradição da sua existência.
     O comunicador cristão conhece o outro, porque contempla o Deus-Libertador que conhece o seu povo.
   A idéia que temos sobre o conhecer, com bases exclusivas na razão, vem da mentalidade iluminista-racionalista. Para nós, filhos e filhas da modernidade, conhecer diz respeito a “saber sobre alguém ou algo”. A perspectiva bíblica do conhecer extrapola essa dimensão. Conhecer, portanto, significa fazer a experiência. É tão profundo e íntimo que Maria, ao saber que seria a mãe do Salvador, respondeu ao ajo que não conhecia homem algum (cf Lc 1,34). Conhecer tem, assim, até uma conotação de ato sexual. Uma palavra apenas e um significado tão largo que tange várias dimensões da existência.
     O comunicador que deseja imitar o Mestre deve conhecer o outro, fazer experiência com ele, vivenciar as sua dores e alegrias, angústias e incertezas, vitórias e derrotas. Não pode ser um sub-burocrata da comunicação, nos gabinetes das suas verdades e certezas. O conhecer ensinado por nosso Deus-Libertador deve levar a um partir, a um “estar com”, fazer morada na vida do outro. Sentir com o outro.
     Deve, portanto, descer.
   Quem vê, ouvi e conhece inevitavelmente, desce. Não pode, não consegue deixar que outro continue sozinho pelas estradas da vida. Quer fazer-se companheiro, comedor do mesmo pão,  cúmplice da mesa história, construtor de comunhão. Ver, ouvir, conhecer e descer. Eis o que nos ensina e para onde nos mobiliza a experiência com Deus-Libertador.

* Padre Manoel Filho - Coordenador Arquidiocesano da Pascom

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pesquisa revela o índice de confiança na Igreja

Igreja salta de 7ª para 2ª posição no ranking das instituições mais confiáveis, segundo ICJBrasil, da DIREITO GV

A confiança população nas instituições sofreu uma mudança importante no último trimestre. É o que mostram os dados do ICJBrasil (Indice de Confiança na Justiça), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (DIREITO GV). A Igreja - que também marcou a disputa à presidência da republica no segundo turno das eleições – passou de 7º lugar no ranking de confiança nas instituições para a 2ª posição. Nesse trimestre 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável em comparação com o segundo trimestre de 2010, quando 34% dos entrevistados deram essa resposta. Em contraposição, a confiança nos Partidos Políticos caiu de 21% para 8% no período, mantendo-se em última posição no ranking de confiança nas instituições.

As Forças Armadas continuam sendo a instituição que conquista a maior confiança da população, 66% de respostas afirmativas. Na sondagem anterior - referente ao segundo trimestre - a Marinha, o Exército e a Aeronáutica obtiveram 63%.

O resultado não é confortável para os órgãos da Justiça. Com apenas 33% dos entrevistados dizendo que o Judiciário é uma instituição confiável, a instituição empata com a Polícia e ganha apenas do Congresso Nacional (20%) e dos Partidos Políticos (8%). As outras instituições ficaram com os seguintes resultados no que diz respeito à confiança da população: Grandes Empresas (44%), Governo Federal (41%), Emissoras de TV (44%) e Imprensa Escrita (41%).

ICJBrasil foi criado pela DIREITO GV para mensurar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza as instituições da Justiça para a reivindicação de direitos e busca por soluções de controvérsias. O ICJBrasil do terceiro trimestre de 2010 foi de 4,4 pontos, em uma escala de 0 a 10, o mesmo índice obtido no trimestre anterior. O índice é formado pelos subíndices de comportamento e percepção, sendo que o segundo cravou uma nota 6,3 e o primeiro, 3,5 pontos, sempre em uma escala de 0 a 10.

O Distrito Federal foi o Estado que registrou maior confiança no Judiciário, com 4,6 pontos, desbancando a liderança do Rio Grande do Sul que, desde o início da sondagem, em julho de 2009, ocupava o posto. No período, o estado gaúcho recebeu um índice de confiança de 4,5 pontos. São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram o mesmo índice de confiança, 4,4 pontos, e os Estados da Bahia, Minas Gerais e Pernambuco são os que menos confiam no Judiciário: cada um teve 4,3 pontos no índice de confiança.

Fonte: Direito GV

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Habilitação para rádios comunitárias


O Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União, aviso de habilitação para que 77 localidades, distribuídas em 18 estados brasileiros, possam receber novas rádios comunitárias. O prazo para que as associações interessadas em prestar o serviço realizem suas inscrições e apresentem toda a documentação exigida é de 45 dias contados a partir de sexta-feira 12 de novembro.  Podem se habilitar as associações e as fundações comunitárias, legalmente constituídas, que possuam sede na região onde pretendem prestar o serviço. Os formulários necessários para o cadastro estão disponíveis no site www.mc.gov.br, no item “Rádio Comunitária”. Além disso, é necessário efetuar o pagamento de uma taxa de cadastramento no valor de R$ 20,00.
Para outras informações sobre outorgas de Rádio Comunitária, entre em contato com a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, deste Ministério, pelo seguinte endereço eletrônico:ssce.atendimento@mc.gov.br ou nos telefones (61) 3311-6294 e (61) 3311-6592.

Fonte: Ministério das Comunicações

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Encontro Arquidiocesano de Comunicação

Paróquia: Comunidade Comunicadora é o tema da nona edição do Encontro Arquidiocesano de Comunicação. O evento promovido pela Pastoral da Comunicação acontece no dia 28 de novembro, na UCSAL, campus da Federação, das 8 às 17 horas. O encontro tem como objetivo reunir padres, religiosos e leigos para uma reflexão sobre a necessidade de uma potencialização dos processos de comunicação que ocorrem nas paróquias para que elas se tornem uma rede de comunidades. “Esperamos que, a partir desse encontro, todos adotem o espírito de semear o Evangelho através da comunicação, que é um processo acima de tudo desenvolvido por pessoas”, comenta o coordenador da Pastoral Arquidiocesana de Comunicação, padre Manoel Filho.
Este ano, a temática escolhida será abordada numa palestra com o padre Geraldo Martins, assessor de imprensa da CNBB. Na programação, além da palestra haverá a celebração Eucarística, oficinas e momentos de animação com Irmã Carol. Cada participante pode escolher uma das 13 oficinas oferecidas. As inscrição custa R$ 5,00 (cinco reais) e os interessados podem se inscrever até o dia 24 de novembro na sede da Pascom, no Centro Pastoral (Doroteias, Garcia). As inscrições também podem ser feitas na loja de artigos religiosos Andar Com Fé, em frente à Ricardo Eletro 1º Piso no Salvador Shoppping, nas lojas Paulus, Paulinas, Vozes e Ave Maria.Outras informações pelo telefone 4009-6688. Confira a programação completa e a lista das oficinas!

PROGRAMAÇÃO
8h - Celebração Eucarística
09h30 - Palestra principal
10h30 - Cafezinho
10h45 - Continuação da palestra e plenária
12h - Almoço
14 às 17h - Oficinas

OFICINAS
Dicção
Acolhimento e relações humanas
Texto jornalístico para boletins comunitários
Fotografia para veículos de comunicação alternativos
Comunicação na Catequese
Como falar em público
Produção de vídeo em máquina fotográfica
Produção de programas para rádios comunitárias e serviços de alto-falantes
Evangelização e música
Manuseio de equipamento de som
Murais e cartazes
Expressão corporal
Comunicação na Liturgia

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Filme Aparecida - O Milagre


Filme longa-metragem, de ficção, com direção da renomada diretora Tizuka Yamasaki, com Murilo Rosa, Maria Fernanda Candido, Bete Mendes, Leona Cavalli e grande elenco. Lançamento previsto para 17 de dezembro de 2010.
Uma história que fala da fé, da possibilidade de redenção através da mudança de comportamento de um homem agnóstico, que ante os impasses da vida, busca através da fé na Santa Aparecida a solução de seus problemas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Novas Linguagens

“Cultura da comunicação e novas linguagens”. Este é o tema da Assembleia Plenária que o Pontifício Conselho para a Cultura que será realizado nos dias 10 e 13 de novembro. O evento pretende contribuir para a definição do vocabulário mais indicado para a Igreja se comunicar com o mundo exterior.
Em entrevista à Rádio Vaticano, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, dom Gianfranco Ravasi, lamentou que, muitas vezes, a comunicação da Igreja seja feita “para dentro”, e deu como exemplo a “linguagem teológica tão sofisticada que não encontra referências na população católica, que tem no seu interior as linguagens da televisão, da internet ou do dia a dia”.
“Se não se encontrar o vocabulário, a gramática ou até mesmo o estilo com o qual nos relacionamos com o outro, então é impossível passar aos conteúdos”, sublinha dom Ravasi.
Segundo o presidente, o objetivo da assembléia é “estudar a comunicação a um nível superior, teórico, estrutural”, para depois se poder passar “aos conteúdos do próprio diálogo, uma vez encontrada a sintonia nas linguagens”.
O Pontifício Conselho vai fazer a inauguração da Assembleia Plenária, de forma inédita, a partir do Capitólio, na Câmara Municipal de Roma.

Fonte: Site da CNBB